Preocupações com cibersegurança fizeram país árabe desenvolver intranet para evitar ataques de nações rivais
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O governo do Irã anunciou nesta terça-feira (07/08) que todos os seus ministros e funcionários públicos ficarão offline até setembro, em um ambicioso plano para substituir o uso da internet – considerada americanizada e manipuladora – por uma intranet iraniana.
O projeto foi anunciado pelo ministro das comunicações iraniano, Reza Taqipour, em uma conferência em uma universidade de Teerã.
Trata-se uma estratégia para proteger o núcleo de inteligência do país de "um ou dois países que controlam a internet" - segundo fala do político em clara referência a Estados Unidos e Israel - e movê-los para uma rede interna a ser desenvolvida pelo país árabe até 2013.
A preocupação do Irã com sua segurança digital cresceu depois do ataque que seu programa de desenvolvimento nuclear sofreu com o vírus Stuxnet, comprovadamente desenvolvido pelas duas nações rivais para roubar informações do país árabe.
O ciberataque, que conseguiu infiltrar máquinas utilizadas no sistema de enriquecimento de urânio de Teerã, foi testado no complexo de Dimona, deserto de Negev, centro de armas nucleares de Israel.
A ação teria sido ordenada pelo presidente Barack Obama, segundo fontes internas do governo ouvidas pelo The New York Times.