Ministro afirma que empresas não investem como deveriam em telecomunicações
Companhias não avaliam corretamente o crescimento e demanda do mercado', declarou Paulo Bernardo
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O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (17/04) que as empresas de telecomunicações enfrentam dificuldades para atender as exigências do consumidor porque não investiram como deveriam para ampliar seus serviços. Além disso, elas não avaliam corretamente o crescimento e demanda do mercado.
Contudo, o ministro ressaltou durante a abertura do 29º Encontro Tele Síntese - evento que reúne companhias de telecomunicações e representantes do governo para discutir o atual momento do setor - que o governo fez a sua parte. "Nossas empresas não apostaram no crescimento do mercado, que vai continuar em ascensão e precisa de investimentos", reforçou o ministro. Ele destacou, no entanto, uma série de políticas definidas no ano passado pelo governo que agora começam a dar resultado.
De acordo com Bernardo, o Brasil é, atualmente, o sétimo maior mercado mundial de internet e o terceiro em número de computadores, o que prova que o segmento cresceu e continua crescendo no país. Entre as medidas que ajudaram a acelerar esse processo, uma das principais foi o acordo com as empresas de comunicações para implantar a internet banda larga popular, ao preço de R$ 35. O serviço já alcançou 1,5 milhão de contas, e as companhias procuram criar mais opções para atrair novos clientes.
Outro destaque citado pelo ministro é o da nova Lei de TV a Cabo no Congresso Nacional e que está em fase de regulamentação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). "Nossa expectativa é que um grande número de pequenas empresas passe a operar no setor, ampliando a oferta de TV a cabo no interior do país." Há também expectativa quanto ao que as grandes operadoras vão fazer, pois, quando assumir a pasta, a vistoria de expansão e melhorias no serviço por parte das empresas deve ser maior.
Por fim, Paulo Bernardo ressaltou a retirada de restrições legais à atuação das companhias, que agora podem entrar livremente em todas as áreas (internet, telefonia fixa, telefonia móvel). O ministro disse que isso indica a possibilidade de expansão do setor, já que, dessa forma, as empresas "poderão fidelizar o cliente" em seus diversos segmentos de atuação.
O que se espera agora das empresas são "fortes investimentos em infraestrutura" para expandir os serviços, contando, inclusive, com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ministro garantiu que o governo continuará investindo também em novas tecnologias, como a telefonia celular de quarta geração (4G).
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Thiago thiago.tiradentes@yahoo.com.br

