Prática comum nos EUA, sistema de aluguel de notebooks causa polêmicas após denúncias
| Wired /Magic Madzik-Flickr |
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Sete empresas de aluguel de notebooks e uma de design de softwares terão de responder à Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC na sigla em inglês) por invasão de privacidade. As companhias são acusadas de utilizar programas espiões para observar as atividades de seus clientes nos computadores e ainda tirar fotos íntimas dos usuários sem o consentimento deles.
A FTC atribui a responsabilidade ao software DesignWare. De acordo com o órgão, o programa possui um “modo espião” que, teoricamente, deveria ser ativado para identificar onde está o usuário caso ele não devolva o notebook. No entanto, seu uso foi muito além disso.
De acordo com a FTC, os softwares utilizam as webcams dos notebooks para flagrar crianças, pessoas nuas e até de momentos de relações sexuais. Além disso, o programa espiona atividades dos usuários nos computadores para roubar informações pessoais e senhas de redes sociais e contas bancárias.
“Um acordo para alugar um computador não dá à empresa licença para acessar emails privados do cliente, informações de contas bancárias, históricos médicos, ou, ainda pior, fotos de webcam das pessoas em sua privacidade de suas próprias casas”, disse Jon Leibowitz, presidente da Federação. “As ordens da FTC hoje irão colocar um fim na ciberespionagem”, conclui.
No entanto, o acordo firmado nesta quinta-feira apenas proíbe as empresas de continuarem a espionar os usuários sem o seu consentimento. Não está prevista nenhuma penalização pelas ações.
De acordo com a revista Wired, Claudia Bourne Farrell, porta-voz da FTC, afirmou que o órgão não tem competência criminal, apenas civil. Por isso, não pode incriminar as empresas responsáveis.
A Federação ainda afirma que possui gravações suficientes para monitorar as atividades das empresas acusadas pelos próximos 20 anos.