São Paulo ganha primeiro laboratório de bionanotecnologia da América Latina
Anúncio foi feito na tarde desta segunda-feira, 27/8, e contou com a presença do governador Geraldo Alckmin
| divulgação |
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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), um órgão ligado ao governo paulista e instalado na Cidade Universitária da USP, estreou três novos laboratórios para pesquisas de ponta nas áreas de bionanotecnologia, energia solar e produção de silício.
O anúncio foi feito em uma cerimônia na tarde desta segunda-feira (27/8), que contou com a presença do governador Geraldo Alckmin, do ex-vice governador Alberto Goldman e de Luiz Carlos Quadrelli, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, órgão ao qual o IPT responde. Além das inaugurações, a ocasião também serviu para a troca de comando no instituto de pesquisa tecnológica, com Fernando Landgraf assumindo a presidência no lugar de João Fernando Gomes de Oliveira.
Fruto de um investimento de US$ 46 milhões, o ambicioso projeto cria o primeiro Laboratório de Bionanomanufatura da América Latina, sediado em um prédio de 8 mil m² dentro da própria USP. O instituto poderá avançar em áreas de pesquisa ainda incipientes na academia brasileira, como biotecnologia, nanotecnologia e microtecnologia.

"As mudanças da tecnologia estão cada vez mais rápidas, por isso temos que investir em inovação. Queremos que o país ganhe mais competitividade no cenário internacional, o que ajudará na criação de empregos especializados e na melhoria dos salários", disse Alckmin, que também comentou os seus planos para fazer do IPT um dos mais importantes institutos de pesquisa do mundo. "Aqui se encontram o público e o privado, a academia e a indústria, a teoria e a prática", elogiou.
De acordo com a instituição, o novo centro de estudos poderá produzir materiais em dimensões milhares de vezes menores que a espessura de um mero fio de cabelo. O instituto trabalhará desenvolvendo produtos farmacêuticos e avaliando mudanças em organismos vivos.
O IPT ganhou também um moderno simulador solar, que poderá testar a eficácia de equipamentos brasileiros movidos à luz do sol. Com investimento de R$ 3,5 milhões, majoritariamente do governo estadual e com apoio federal do CNPq e FINEP, o simulador solar foi importado da Alemanha e ajudará a propagar tecnologias de energia renovável no Brasil.
Além dos novos centros tecnológicos, o IPT também anunciou que trabalhará no desenvolvimento do silício cristalizado, usado na produção de eletrônicos e placas solares.
Segundo o governador Alckmin, 13% da energia do mundo já é renovável, representando 45% da matriz energética do Brasil e 55% de São Paulo. Com o incentivo, espera-se que em 2020 o estado conte com 69% de fontes limpas.
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Thiago thiago.tiradentes@yahoo.com.br
